Depois de cinco edições, e apesar de sabermos que muito está ainda por vir, sentimos que é importante olhar para trás e permitir-nos o tempo necessário à reflexão sobre os caminhos percorridos e os que interessam fazer, porque entendemos o Lisboa Soa como parte de um todo que se compõe de investigação, escuta e exploração.

Decidimos por isso concentrar o trabalho feito até aqui num livro que foi apresentado e celebrado no Castelejo, fortificação construída em meados do séc XI, com sessões de escuta e um concerto único em que os artistas convidados entraram em diálogo com os sons que foram criados e gravados em edições anteriores do Lisboa Soa, remisturando-os, reinterpretando-os e adicionando outros significados. Nesta não-edição do festival, decidimo-nos a trabalhar a memória, mas com os ouvidos postos no futuro.