Na 5ª edição, a Câmara Municipal de Lisboa convidou o Lisboa Soa para integrar as celebrações do ano em que Lisboa foi Capital Verde da Europa.

Como sempre, o programa começou a ser trabalhado meticulosamente com enorme antecedência, envolvendo tempo e pesquisa no espaço extraordinário que nos iria receber. Em Março de 2020, quando a pandemia invadiu os nossos dias, tornou-se claro que o programa que estava previsto não podia ser desenvolvido, não só porque o espaço previsto ficou indisponível, como o próprio contexto era demasiado avassalador para que lhe pudéssemos ficar indiferentes.O programa de 2020 foi então completamente redesenhado e pela primeira vez a lógica da programação inverteu-se. Ao invés de partirmos do lugar para as obras, fizemos o caminho inverso, e das obras, fomos à procura dos espaços ideais para as acolherem. Os artistas adaptaram-se aos espaços que ocuparam, tendo em conta as suas propriedades acústicas, arquitetónicas ou ambientais.

Espaços somo o Palácio Sinel de Cordes, o Mercado de Santa Clara, o Panteão Nacional, a garagem e o terraço da EPAL na Avenida da Liberdade, a Estufa Fria, a Mãe d’Água, o jardim do Goethe, a Galeria Monumental, o Jardim do Torel ou o Campo Mártires da Pátria receberam as várias instalações e performances que programámos naquela que se tornou a nossa maior edição de sempre em termos de número de propostas artísticas.