Como intervir na beleza natural de uma caverna com água? O título desta instalação é emprestado de um livro de poesia Zen.
O espaço é agora reactivo, como o corpo dum instrumento. Ao produzir sombra sobre sensores de luz, as pessoas activam pequenas bolas que mergulham na água, produzindo anéis concêntricos que se intersectam. Esta agitação conduz o movimento de tigelas metálicas flutuantes, que contem outras bolas, de vidro e metal. Quanto maior a tigela, maior o ciclo sonoro produzido pela bola rolante. A orquestração emerge enquanto se escuta a relação entre objectos, espaço, água e sombras. Devagar, com tempo para o silêncio.

 

Photos Vera Marmelo. Sound recording Mestre André.