Na natureza, as ameijoas (clams) são detetores de poluentes, servem como pequenos sistemas de filtragem. Inspirado por esse fenómeno natural, Marco Barotti apresentou Clams, uma coleção premiada de esculturas de som cinéticas que convertem dados recolhidos por sensores de qualidade da água em sons e movimento. Cada “molusco” é construído com plástico reciclado e contém um altifalante. A paisagem sonora microtonal em constante evolução oferece a cada concha uma ação de abertura e fecho realista e subtil. As leituras feitas em tempo real a partir de um sensor de pureza da água colocado no rio Tejo, em Lisboa, formou a base da música gerada através de um processo em constante mudança, com base nos níveis de qualidade da água ao longo do tempo.

Clams convidou o público a estabelecer ligações entre media art, sonificação de dados e sustentabilidade ambiental.