Desde o jardim que abriga a estufa circular, podemos ouvir muitos aspectos que definem a cidade: a ponte remota fazendo a ligação com o “exterior”, os buzinas dos barcos no rio que representam o ‘outro lugar’ e os pássaros semi-remotos, os carros, os comboios que representam a ‘memória’. Allard van Hoorn trouxe esses sons para dentro da estufa, foram transformados, amplificados e interpretados por bailarinos portugueses. O guião desta performance incluiu a memória, a emoção e a reacção às propriedades físicas do espaço da estufa, envolvida pela cidade e a sua história. A estufa é então a metáfora para o “Sonarium”: a experiência total do som. Com os bailarinos Bruno Humberto, Gustavo Ciríaco e Alexandre Magno, Allard van Hoorn compôs o interno e exterior, consciente e subconsciente, o corpo-memória-movimento do espaço sonante.