16h

Conversa Aberta

Sara Pinheiro é sonoplasta nas áreas de cinema e video-arte, composição acusmática e performance ao vivo para multicanais desde 2010. Licenciou-se em Som para Cinema pela Escola de Teatro e Cinema (Lisboa) e em Sonologia pelo Instituto de Sonologia do Conservatório de Música de Haia (Países Baixos). Ao abrigo da Escola de Música da Universidade de Bangor (País de Gales), o seu doutoramento cruza as áreas da Música Concreta com o desenho de som para cinema. Reside em Praga, onde trabalha como designer sonora e agente cultural.

“Field Recordings: a manifesto” explora as implicações políticas das gravações de campo (FR) em relação à ecologia sonora, educação, arte e tecnologia. Por um lado, aborda como as FRs podem se tornar uma ferramenta social, apesar da relação paradoxal entre o registo de campo como prática artística e o uso das redes sociais que podem levar à alienação. Por outro lado, destaca a diferença entre a forma como percebemos as propriedades sonoras usadas para fins estéticos e como as redes neurais computam essas propriedades para criar as suas estruturas internas no processo de inteligência artificial.

Sara Pinheiro conduz esta palestra/conversa aberta que procura fazer uma aproximação inicial aos temas mencionados, com o objetivo de levantar questões e criar consciência. Baseia-se em teóricos como Voegelin (2019), Steingo e Sykes (2019), LaBelle (2018) e Agostinho (2019), esta conversa aberta aborda uma perspetiva pragmática sobre a vida quotidiana e as suas implicações políticas.